(Solidariedade) “Paro Agrario e Popular” dura há 12 dias na Colômbia


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Na Colômbia desde o passado dia 19 de Agosto está em marcha o “Paro Agrário” que mobiliza milhares de camponeses. Uma das formas de luta é o bloqueio e a paralisação de muitas estradas e vias de comunicação. O exército interveio em várias situações e o porta-voz da Mesa Nacional de Interlocución Agropecuaria y Popular (MIA) Húber Balltesteros foi detido.

Libertar o companheiro Ballesteros e apoiar a Fensuagro, são as as tarefas do movimento solidário com a Colômbia

O paro agrário e popular convocado pelas principais organizações populares colombianas desde 19 de Agosto cresce em magnitude e convocatórias a cada dia que passa. Ainda que o governo trate de minimizá-lo através do silenciamento da imprensa alternativa e a sua invisibilização na imprensa oficial, mediante o terrorismo de Estado na figura da ESMAD (Esquadrão Móvel Anti-Distúrbios), da polícia e do exército (que já fizeram quatro mortos, centenas de feridos e de presos), e mediante a cooptação de certos sectores do movimento do movimento popular, fazendo negociações sectoriais ou regionais, que não têm por objectivo mudar nada, senão desactivar o protesto, os sectores populares que se juntam a esta paralisação têm crescido fortemente. Dentro do arsenal de estratégias repressivas para acabar com o movimento social, o governo deitou mão do seu “chapéu de mágico” – os alegados computadores de comandantes da guerrilha abatidos – com os quais inventa processos judiciais espúrios contra os seus opositores.

A mais recente vítima destas montagens é o companheiro Húber Ballesteros, porta-voz da mais importante instância de coordenação do protesto, a Mesa Nacional de Interlocución Agropecuaria y Popular (MIA), para além de ser destacado dirigente da Federación Nacional Sindical Unitaria Agropecuaria (Fensuagro) y da Central Unitaria de Trabajadores (CUT), assim como da Marcha Patriótica. Tanto a Fensuagro como a o companheiro Húber Ballesteros sofreram uma perseguição encarniçada desde há muito tempo, sendo um dos sobreviventes do genocídio da União Patriótica.

É importantíssimo neste momento tornar a palavra de ordem “o ataque a um é um ataque a todos” uma realidade. É imprescindível exigir a libertação do companheiro Ballesteros e de todos os presos judicializados com provas espúrias, sejam os desacreditados computadores, seja a ilegítima Lei de Segurança Cidadã, criada para reprimir e criminalizar o protesto social. (…)

José Antonio Gutiérrez D.
29 de Agosto, 2013

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Húber Ballesteros, dirigente camponês e porta-voz da Mesa Nacional de Interlocución Agropecuaria y Popular, detido no actual “paro agrario e popular” na Colômbia

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