Month: Maio 2018
Acabadinha de chegar “A Batalha” nº 279
Nº 279 – INDÍCE
Revistas anarquistas online, por R.
Recensões de A Ideia nº 81-83 e Erva Rebelde nº 2, por António Margalha
Encontro de Imprensa Libertária e O GRANDE CONTRA-CONCURSO DE ILUSTRAÇÃO DE VILÕES DE A BATALHA, por P. M.
Maio de 68: 50 anos depois, por Mário Rui Pinto
Killing & Dana em Lisboa (episódio 55)
O homem que não mordeu, por Agente Sabe e com ilustração de André Pereira
A um tio rico, por António Gonçalves Correia (org. por Francisca Bicho)
Criar um movimento contra o autoritarismo que vem: relato da luta dos estudantes franceses contra a política liberal e as agressões fascistas, por Pimprenelle
Suplemento Literário e Ilustrado de A Batalha (1923-1927), por António Baião e com ilustração de José Smith Vargas
O olhar antagónico da Besta, Rui Eduardo Paes entrevista A Besta
Poemas de João Mendes de Sousa, Francisco Cardo e Paulo Jorge Brito e Abreu
E se a bomba tivesse explodido?, por Colectivo da Estrela Decadente (António Caramelo, Gonçalo Duarte, Oriano, SAR, Simão Simões, Xavier Almeida)
“Matar o Salazar”, por José Tavares com ilustração de Oriano
Um bombista, por Beldiabo
Sobre o Rock in Riot, por Oriano
Centro Anarquista Português de Artes Modestas, por Marcos Farrajota
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A Batalha está à venda na Tortuga, Letra Livre, Barata, Linha de Sombra, Leituria, RDA69, Tigre de Papel, Zaratan – Arte Contemporânea, nos quiosques junto ao Largo do Rato, na Rua Alexandre Herculano e na Rua Camilo Castelo Branco (Lisboa), no Gato Vadio e na Utopia (Porto), na Uni Verso (Setúbal), na SMUP (Parede) e na Fonte de Letras (Évora).
As condições de assinatura de A Batalha são as seguintes:
Continente | 6 nos: 6,98€ / 12 nos: 12,97€
Ilhas, via aérea | 6 nos: 7,98€ / 12 nos: 15,46€
Ilhas, via económica | 6 nos: 6,98€ / 12 nos: 12,97€
Europa | 6 nos: 11,97€ / 12 nos: 22,45€
Extra-Europa, via aérea | 6 nos: 15,56€ / 12 nos: 27,93€
Extra-Europa, via económica | 6 nos: 11,97€ / 12 nos: 22,45€
O pagamento poderá ser efectuado para o NIB do CEL:
0033 0000 0001 0595 5845 9.
email: jornalabatalha@gmail.com
Saiu o Jornal Mapa (nº20, Maio-Julho 2018)
Na foto da capa, uma enxada é erguida ao alto sobre as encostas enegrecidas dos incêndios do ano passado. Para lá do fumo, antes que o fogo venha é um caderno especial do Jornal Mapa, ou seja, uma compilação de artigos sobre o fogo e o território por entre histórias de resiliência. De florestas e gentes que renascem das cinzas, para se reencontrarem na interajuda e num sentido de comunidade com a natureza. Nessa foto de capa, a luz incide sobre a beirã aldeia de Barco, onde a população se ergueu contra a mineração projetada nas encostas da serra da Argemela. Os holofotes da presente edição viram-se também para a febre do lítio e os conflitos ambientais da mineração.
Dos testemunhos que nos falam de novas formas de viver e de repensar a floresta, as aldeias e as serras, haverá uma ponte com a entrevista à Cooperativa Minga, em Montemor-o-Novo, de economia de proximidade e autonomia, e com a experiência de agroecologia realizada na Aldeia do Vale. Noutras latitudes, há um olhar sobre a Grécia onde o Estado deixou de garantir muitos serviços essenciais mas a auto-organização não se fez esperar e as okupas de Atenas são a face da solidariedade internacionalista. Noutras páginas, uma análise histórica da cidade resume as tensões urbanas vividas diariamente nas urbes em transformação.
Destaque ainda nesta nova edição do Jornal Mapa para uma visão não comemorativa do Maio de 68, com dois testemunhos de análise e crítica, que recordam que as coisas acontecem quando menos se espera. Como não se esperava que o precariado invísivel dos estafetas se estivese a transformar num movimento reivindicativo transnacional e transversal a diversas plataformas de entrega, uma das outras histórias que ainda não acabaram.
Para completar esta 20ª edição, há ainda espaço para um relato do encontro de mulheres em Março de 2018, nas montanhas de Chiapas, um olhar sobre os conflitos no Myanmar, notas sobre Biopolítica e as recensões baldias. Um jornal que pode continuar, face ao apoio e amizade de tanta gente, numa campanha de crowdfunding, nos escancarou as portas para continuarmos nas ruas e a chegar à casa de leitores e as assinantes, cujo número, ainda assim, gostaríamos de ver crescer.
Compra-o perto de casa – http://www.jornalmapa.pt/distribuicao/
Recebe-o no conforto da tua tenda – http://www.jornalmapa.pt/assinatura-do-jornal/
(anarcosindicalismo) Nasce a Confederação Internacional do Trabalho
No passado fim de semana de 11 a 13 de Maio reuniu-se em Parma, Itália, o Congresso Fundador de uma nova Internacional Anarcosindicalista, que agrupa algumas das maiores organizações anarcosindicalistas da actualidade. Portugal não tem qualquer representação nesta nova associação internacional.
Finalizado o Congresso e aprovados os estatutos, ficou fundada a Confederação Internacional do Trabalho (CIT), associação internacional que englobará o anarcosindicalismo e o sindicalismo revolucionário, composta por USI (Itália), FAU (Alemanha), CNT (Espanha), IWW (América do Norte), ESE (Grécia) e IP (Polônia).
A CNT ficará com a secretaria da internacional durante o primeiro biénio, posteriormente a FAU, e em terceiro lugar a IWW. Durante os primeiros cinco anos da internacional a USI encarrega-se da tesouraria. As cotas serão de acordo com o poder aquisitivo de cada país, reconhecendo-se 3 níveis de poder aquisitivo. O terceiro nível, mais baixo, será dirigido a países em desenvolvimento da América Latina, Ásia ou África.
Durante os próximos anos, os eixos de trabalho serão a formação, a ação sindical e a expansão. No âmbito formativo, se trocará informação laboral a nível internacional, se realizarão escolas de verão e se realizarão traduções de materiais para compartilhar. Por outro lado, na ação sindical se reforçará e estabelecerá o 8 de março como dia de luta de direitos das trabalhadoras e se compartilharão conhecimentos de diversos setores industriais.
Por último, a expansão se baseará em compartilhar contatos de organizações afins, tradução de propaganda e especial atenção ao trabalho com trabalhadores migrantes, sem direitos, transfronteiriços, etc. Outros objetivos a médio prazo serão o transporte, gênero, setor de restauração, trabalhadores encarcerados e migrantes, educação e saúde. Se acordou sediar o próximo congresso na Alemanha, a pedido da FAU,
Este Congresso internacional terminou entre aplausos e sinergias do sindicalismo combativo, após vários dias de intenso trabalho, com a sensação geral de se haver iniciado um projecto emocionante e que poderá converter-se num marco histórico.
aqui (com ligeiras alterações): https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2018/05/14/italia-fundacao-da-confederacao-internacional-do-trabalho-cit-em-parma/
(video, com legendas em português) Sem deuses nem mestres – Uma história do anarquismo
Sem deuses nem mestres, uma história do anarquismo
O projecto inicial deste filme (concluído em 2016) começava em 1840, data da publicação do livro “O Que é a Propriedade?” de P.J. Produdhon até 2001 quando, segundo o realizador T. Ramonet, as manifs contra o G8 em Génova marcaram junto das novas gerações a reemergência dum movimento antiautoritário. Por razões de orçamento a última parte não foi concluída.
Mais uma vez a história do anarquismo pára nas derrotas que sofreu e fica o sentimento de que “foi uma boa ideia mas o contexto histórico mudou, etc…” Por isso, seria importante que a última parte fosse terminada.
entrevista com Tancrède Ramonet – https://www.revue-ballast.fr/tancrede-ramonet/
(Itália) Congresso fundacional de nova Internacional Anarcosindicalista reúne-se este fim de semana em Parma
Nova organização sindical anarcosindicalista, de âmbito mundial, vai nascer este fim de semana em Itália, depois da decisão da CNT espanhola e de outros sindicatos de abandonarem a AIT.
No próximo fim de semana de 11 a 13 de Maio reúne-se em Parma o Congresso fundacional da nova Internacional do Trabalho que pretende juntar todos os trabalhadores e trabalhadoras anarcosindicalistas e revolucionários de todo o mundo. O Copngresso será apresentado numa conferência de imprensa, na quinta-feira, 10 de Maio, às 11 horas, na sede da USI-AIT em Parma, na Via Testi, 2, lugar da realização do Congresso. Para o mesmo dia está programada uma apresentação pública às 9 horas no Círculo Municipal de Empregados, na Via Mentana, 31-A.
Esta importante iniciativa é o culminar de uma fase prévia de reuniões internacionais destinadas a dar continuidade aos ideais da internacional fundada em Berlim, em 1922. Ontem, como hoje, e mais ainda amanhã, é necessária uma organização libertária, assembleária e combativa, com o objectivo de defender os trabalhadores e as trabalhadoras de forma efectiva na actualidade e, ao mesmo tempo, estabelecer os pilares para construir uma nova sociedade em liberdade e igualdade, sem relação com os mecanismo do poder político e económico.
Na fundação participarão sindicatos históricos como a CNT (Confederación Nacional del Trabajo), fundada en Espanha em 1910, a FAU (Freie Arbeiter-Union), implantada na Alemanha em 1977, a IWW (Internacional Workers of the World), activa na América do Norte desde 1905, a FORA (Federación Obrera Regional Argentina), criada em 1901, a ESE grega ou a IP polaca. À USI-AIT ((Unión Sindical Italiana), criada em 1912 coube albergar o Congresso.
(Cuba) Abre Centro Social e Biblioteca Libertaria em La Habana
Nota: Hás dois anos fazíamos eco de um processo de um processo de crownfunding para criar um Centro Libertário em Cuba. O Centro foi inaugurado no passado dia 5 de Maio.
Taller Libertario Alfredo López (La Habana)
Inicia-se este 5 de Maio de 2018 em Cuba uma nova etapa no processo de autoemancipação de um grupo de cubanos e cubanas com a abertura da ABRA: Centro Social e Biblioteca Libertaria.
Esta iniciativa do Taller Libertario Alfredo López (iniciativa anarquista, anti-autoritária e anticapitalista surgida em 2012, que forma parte da Federação Anaraquista do Caribe e da América Central), com o efectivo e vital envolvimento de colectivos afins, como o Observatório Crítico Cubano, Guardabosques, assim com alguns outros contributos individuais, tenta construir um espaço autónomo e sustentável na Cuba de hoje
Um espaço para promover experiências e práticas independentes de qualquer governo estrangeiro ou nacional, ou instituições que os representem, centrado nas capacidades de quem se envolve nas actividades. Desde ABRA insistiremos numa prática que prefigure o tipo de sociabilidade que sonhamos, e um tipo de relacionamento amigável com o meio ambiente, que se traduz num mínimo de consumo com um máximo de soluções próprias não contaminantes.
Esta nova iniciativa é essencialmente anticapitalista, pois o capitalismo promove um tipo de relações entre as pessoas baseadas no utilitarismo, na supremacia, na concorrência, no lucro, tudo o que não conduz à sociabilidade a que aspiramos. O anterior é sustentado pelos Estados, as empresas e corporações que dominam e pilham o mundo e o nosso país. Por isso, o Centro Social coloca-se nos antípodas de tudo isso.
Por outro lado, a emancipação não é possível se não se fizer parte das comunidades. É por isso que ABRA existe face a elas e dentro delas, não é alheia às opressões que sofrem, nem às vitórias que a sua luta consegue: De igual modo, envolve-se nas dinâmicas de resistência e criação de outros grupos afins, a quem lhes damos espaço no nosso Centro e nos nossos projectos. ABRA pretende trazer um espaço para todas as sociabilidades, pessoas e grupos de afinidade que não se limitem ao estreito marco do governo-oposição e coloquem a abordagem directa e por conta própria das diversas questões da vida quotidiana e da criação em todas as esferas da realidade.
Este espaço situa-se activamente contra todas as discriminações por motivos de raça, origem étnica, género, sexualidade, orientação sexual, identidade de género, território, nível de instrução, estatuto económico, ou qualquer outra contra a dignidade das pessoas. Do mesmo modo, reconhece a pluralidade de pensamentos (políticos, ideológicos, morais, etc.), sem nunca renunciar a exercer os seus.
O Centro Social constitui-se como espaço de comunicação social horizontal para dar voz às experiências nacionais e internacionais que não têm interesse para as agências hegemónicas, mas que revelam uma perspectiva antiautoritária e emancipatória que interessa aos que lutamos em Cuba.
Aqui meios e fins não se contradizem: são a horizontalidade, a liberdade individual, a participação efectiva a partir do envolvimento directo.
aqui: http://alasbarricadas.org/noticias/node/39903
Imagens dos preparativos prévios na Biblioteca e no exterior do Centro Social.