“Putin agride, a NATO agradece”


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Acaba de nascer na Catalunha o Bloco Anti Guerra, que junta antiautoritários de origem russa, bielorussa e ucraniana que vivem naquela região do Estado Espanhol. Consideram que parar a guerra é, antes do mais, parar Putin.

Nós, o Bloco Antiguerra Catalunha, somos um coletivo formado por antifascistas, anarcofeministas e ativistas antiautoritários de origem russa, bielorrussa e ucraniana, testemunhas diretas do que foi e é a política externa e interna da Rússia de Putin. Apesar da esquerda europeia ainda alimentar algumas dúvidas sobre o caráter totalitário do regime [russo], podemos desfazê-las com evidências concretas.

Quais são as razões pelas quais nos recusamos a considerar o atual rumo político do governo russo como “antifascista”? Nas últimas duas décadas, o regime de Putin contribuiu para a consolidação de ideologias de direita na Europa ao financiar intencionalmente partidos políticos conservadores e movimentos de extrema-direita. Há companheiros e companheiras nossas que foram sequestradas, torturadas e presas por mais de duas décadas, e esse processo repressivo só tem aumentado de intensidade. A propaganda pró-governamental combinada com o terror contra a população civil deu frutos: aqueles que fazem apelos para parar a guerra são privados de liberdade, com a cumplicidade passiva da maioria. Além disso, agora, tanto na Rússia como nos territórios ocupados pelas tropas russas, os direitos humanos básicos, incluindo a liberdade de expressão, foram destruídos. Qualquer um pode ser preso ou morto pelas suas opiniões políticas, por ser um ativista dos direitos civis ou por pertencer ou apoiar a comunidade LGBTIQ+

O atual regime governamental russo não parou de alimentar-se da guerra, continuando as políticas agressivas do Império Russo e da União Soviética. A ascensão de Putin ao poder e a instauração da ditadura neofascista, na qual a Federação Russa se transformou gradualmente, começou com a guerra na Chechénia e continuou com a ocupação de territórios pertencentes à Geórgia e com o apoio militar dos regimes tiranicos da Síria, africanos e das repúblicas pós-soviéticas. Hoje, uma guerra em grande escala está a ser travada em solo europeu: a máquina militar russa não vai parar na Ucrânia; do mesmo modo, a ampliação da NATO não é a causa, mas a consequência da política externa agressiva de Putin.

Enquanto as bombas caem sobre edificios residenciais e os cidadãos ucranianos são torturados e mortos pelos militares russos, a retórica baseada na “libertação” e na “desnazificação” da Ucrânia é apenas uma desculpa para justificar uma guerra de invasão.

Parar a guerra é parar Putin!

aqui: https://twitter.com/AntiwarBlockCat

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