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Trailer do documentário “O  QUE VAI ACONTECER AQUI?”sobre os despejos e a luta pela habitação em Lisboa.


TRAILER | O que vai acontecer aqui? from Left Hand Rotation on Vimeo.

Olá amigxs do Portal Anarquista,

enviamos o trailer do documentario “O  QUE VAI ACONTECER AQUI?” sobre os despejos e a luta pela habitação em  Lisboa.

Um documentário sobre os movimentos sociais que defendem o direito a  habitar na cidade de Lisboa, num momento de intensificação das lutas  pelo espaço urbano provocada pela expansão do capitalismo financeiro,  que concentra riqueza em mãos de uns poucos, e aumenta a desigualdade  social.

Um documentário sobre aqueles que desafiam a conversão da cidade numa  mercadoria, sobre os que desobedecem à injustiça construindo poder do  lado de quem procura um lugar para viver.

Um documentario do coletivo Left Hand Rotation, em colaboração com Stop Despejos e Habita

Obrigadx

www.lefthandrotation.com
www.museodelosdesplazados.com

Texto e audio da intervenção inicial de Carlos Taibo na apresentação da tradução portuguesa do seu livro “Colapso”, em Montemor-o-Novo


O colapso terminal do capitalismo e o anarquismo como fermento da sociedade do futuro

Carlos Taibo (*) 

O debate sobre o Colapso, desde o meu ponto de vista, não tem nenhuma presença nos media e também não tem presença no discurso dos nossos dirigentes políticos, nem sequer naqueles, teoricamente, mais abertos e alternativos. Esse debate, porém, está presente na literatura e no cinema, mas na minha opinião, essa presença tem mais a ver com um código de ócio e de lazer do que com a vontade de articular, a esse respeito, um discurso genuinamente crítico.

Antes do mais, devo deixar claro que não estou em condições de afirmar, sem margem para dúvidas, que se vai produzir um colapso geral do sistema que padecemos. O meu argumento é mais prudente. Afirma, sem mais, que esse colapso é provável. Ou, se tiver que pôr mais ênfase, direi que é muito provável. Parece-me decisivo lembrar que muitos prognósticos, que antecipavam o aparecimento de manifestações negativas e as vinculavam ao ano 2100, começam a antecipar no tempo essas manifestações. Fala-se agora de 2060, de 2040 ou de 2020, ou seja, praticamente no virar da esquina.

(mais…)

“Fascínio”, o último documentário do colectivo Left Hand Rotation é dedicado ao turismo massificado de Sintra


FASCÍNIO from Left Hand Rotation on Vimeo.

Desde o coletivo Left Hand Rotation (baseado em Lisboa) enviamos o
nosso último documentário, “FASCÍNIO” (2018).

Sintra: 30.000 habitantes. Mais de 3 milhões de turistas por ano.

Fascinados pelo final do mundo conhecido, pelos segredos escondidos nos
subterrâneos, uma multidão aproxima-se de Sintra. Os rastos das suas
vivências inundam um destino prestes a colapsar e colocam-nos perante o
dilema. Continuar a gerir a demora do inevitável? Ou penetrar na serra?

Quem acreditar no seu mistério, encontrará na novidade do que é muito
antigo, caminhos esquecidos, a fuga ao eterno retorno.

FASCÍNIO, uma longa metragem documental do colectivo Left Hand Rotation
(http://www.lefthandrotaton.com), produzida pela Criaatividade Cósmica
para o Festival Aura.

Obrigado

Coletivo Left Hand Rotation
www.lefthandrotation.com
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(video, com legendas em português) Sem deuses nem mestres – Uma história do anarquismo


Sem deuses nem mestres, uma história do anarquismo

O projecto inicial deste filme (concluído em 2016) começava em 1840, data da publicação do livro “O Que é a Propriedade?” de P.J. Produdhon até 2001  quando, segundo o realizador T. Ramonet, as manifs contra o G8 em Génova marcaram junto das novas gerações a reemergência dum movimento antiautoritário. Por razões de orçamento a última parte não foi concluída.

Mais uma vez a história do anarquismo pára nas derrotas que sofreu e fica o sentimento de que “foi uma boa ideia mas o contexto histórico mudou, etc…” Por isso, seria importante que a última parte fosse terminada.

http://federation-anarchiste25.over-blog.com/2017/04/ni-dieu-ni-maitre-une-histoire-de-l-anarchisme.html

entrevista com Tancrède Ramonet – https://www.revue-ballast.fr/tancrede-ramonet/

 

Videos e memórias de António Vieira, antigo colaborador de “A Batalha”


foto
 .
Em homenagem ao nosso companheiro António Vieira, divulgamos o site ‘Memória Libertária de Manuel Vieira
 .
O site foi realizado pelo filho do Vieira e até ao momento contém 3 vídeos de grande interesse para a memória do anarquismo em Portugal. Pode ser visto ainda mais um vídeo ‘Arte y Anarquia Fundacion Anselmo Lorenzo’
 .
Os vídeos realizados por António Vieira têm como títulos:
 .
– Comemorações dos 75 anos da Batalha (1994) – Sessão de comemoração dos 75 anos do jornal A Batalha –  – https://www.youtube.com/watch?v=6xPdY_YUcrc
 .

– José de Brito (19:53) – Conversas e almoço com José de Brito, no dia do seu 93º. aniversário – https://www.youtube.com/watch?v=thNidEwVL04&t=791s

Edgar Rodrigues (01:33:36) – Do espólio de Manuel Vieira – Conversas com Edgar Rodrigues. Em várias visitas a Edgar Rodrigues, o Vieira fala e discute ideais e documenta os muitos livros, jornais, revistas e outros objectos da extensa colecção de Edgar Rodrigues – https://www.youtube.com/watch?v=0nNwfK4Dtk8

São mais de 3 horas de imagens com entrevistas, declarações, opiniões, de antigos militantes.
 .
Saudações libertárias,
 .

CEL (Centro de Estudos Libertários) / Jornal ‘A Batalha

(Documentário) Alfama é marcha


http://lefthandrotation.blogspot.pt/2017/10/alfama-e-marcha-documentario.html

Olá desde o coletivo Left Hand Rotation, baseado em Lisboa.

Enviamos o nosso último documentário, “ALFAMA É MARCHA” (2017, 41 mins) para ver e descarregar grátis.

“Alfama é marcha” documenta o processo de trabalho de um projeto coletivo que “visa promover o envolvimento da comunidade de Alfama na valorização do seu património cultural, material e imaterial, através da consolidação de um espólio significativo da realidade das Marchas Populares no bairro”.

Meses antes do começo dos Santos Populares começam os ensaios da marcha popular em Alfama (Lisboa) e vizinhos de todas as gerações se submergem nos preparativos. Um sentimento de pertença invade cada beco de um bairro em feroz processo de gentrificação, onde muitos de seus antigos moradores já foram forçados a abandonar suas casas, sem uma opção de permanência que evite a dolorosa ruptura de seus vínculos barriales.

Uma colaboração com a APPA (Associação do Património e População de Alfama), Sociedade Boa União e Trabalhar com os 99%.

Obrigado

Coletivo Left Hand Rotation

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(Brasil) Sobre o documentário “O que resta de Junho”


Os protestos no Brasil em 2013, também conhecidos como Manifestações dos 20 centavos, Manifestações de Junho ou Jornadas de Junho consistiram num forte protesto e em inumeráveis manifestações populares por todo o país que inicialmente surgiram como contestação aos aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente nas principais capitais.

Inicialmente restrito a pouco milhares de participantes, os actos pela redução das passagens nos transportes públicos ganharam grande apoio popular em meados de junho, em especial após a forte repressão policial contra os manifestantes, cujo ápice se deu no protesto do dia 13 em São Paulo. Quatro dias depois, um grande número de populares tomou parte das manifestações nas ruas em novos diversos protestos por várias cidades brasileiras e até do exterior. Em breve, milhões de brasileiros estavam nas ruas protestando não apenas pela redução das tarifas e a violência policial, mas também por uma grande variedade de temas como os gastos públicos em grandes eventos desportivos internacionais, como o mundial de futebol e os novos estádios, que obrigaram à deslocação de populações inteiras, a má qualidade dos serviços públicos e à indignação com a corrupção política em geral. Os protestos geraram grande repercussão nacional e internacional.

O documentário foi divulgado na internet em finais do ano passado e nos últimos dias foi objecto duma crítica violenta por parte de alguns meios libertários brasileiros.

Vantié Oliveira escreveu mesmo um longo texto, divulgado no facebook, sobre este documentário que, na sua opinião, “apesar de dar voz a alguns representantes do campo anarquista”, insere-os de tal forma no filme, ilustrando-os com imagens escolhidas que “o sentido final da interpretação a que levam o espectador a fazer favorece o projeto político partidário d@s autoritári@s da esquerda partidária, utilizando-se para isto das próprias vozes d@s libertári@s.”

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(vídeo) A greve geral de 18 de Janeiro de 1934


 

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Dois vídeos sobre a greve geral de 18 de Janeiro de 1934 feitos pelo jornalista Jacinto Godinho para a RTP. Mais uma vez esquece-se a dimensão nacional do protesto (*) e o foco é a Marinha Grande, onde a “sublevação” dura um par de horas, quando em Silves, Barreiro, Almada a greve é geral e prolonga-se por vários dias. Mas, em termos gerais, é uma investigação rigorosa e isenta.

“Em Agosto de 33 Salazar publica o Estatuto do Trabalho Nacional. Em Portugal acaba o sindicalismo livre, criminaliza-se o direito à greve e começa o corporativismo.

Mas os anarco-sindicalistas e os comunistas não desarmaram. Unem-se pela primeira vez numa greve geral revolucionária. O objetivo desta primeira “geringonça” é derrubar à força de bombas o regime de Salazar e Carmona.

Mas houve uma região que a PVDE descuidou nos planos da greve revolucionária – a Marinha Grande. Na região vidreira, os grevistas tomaram de assalto o posto da GNR e dos CTT. A ocupação durou poucas horas.

No rescaldo da falhada greve revolucionária a PVDE prendeu 696 pessoas só em processos relacionados com a Greve Revolucionária. A polícia política usa a tortura violenta para encontrar os responsáveis pelos atentados bombistas de 18 de Janeiro. Vários dos presos não aguentam as violências e “suicidam-se”. É o caso do militante comunista Mário Vieira Tomé que aparece morto na prisão. Neste episódio tenta-se desvendar o caso e obter pela primeira vez provas concretas de tortura na PVDE. O anarquista Jaime Rebelo corta a língua e Jaime Cortesão dedica-lhe o poema ‘Romance do Homem da Boca Fechada’ (“cortada” no site do vídeo).

Apesar das prisões em massa de 1934, o único dos movimentos anti ditadura que não teve líderes presos foi o PCP que fica solitário na oposição ao regime. A propaganda do regime concentra-se no combate ao comunismo considerado por Salazar “a grande heresia da nossa idade”. (**)

A insurreição nacional perpetrada a 18 de janeiro de 1934 resulta indiretamente de um longo processo de luta social e sindical pela melhoria das condições de vida da classe trabalhadora, e surge especificamente como movimento nacional de contestação à ofensiva corporativa contra os sindicatos livres, por força do recém-publicado “Estatuto do Trabalho Nacional e Organização dos Sindicatos Nacionais” em setembro de 1933 pelo Estado Novo, regime responsável por milhares de vítimas, mortos em confrontos, prisões ou em situações de tortura, prisões em campos de concentração no continente, ilhas e colónias, perseguições, expulsões do país, degredos e deportações para as ilhas e colónias, semeando um rasto de terror entre várias gerações de portugueses.

Jornada de luta contra a fascização dos sindicatos e pela defesa da livre organização dos trabalhadores; contra a ofensiva patronal e do Estado salazarista contra os salários, o horário de trabalho de 8 horas; contra a repressão e em defesa das liberdades cívicas e políticas tinha a determiná-lo a compreensão do que o fascismo representava para os trabalhadores: privação de todas as liberdades, perseguições, prisões, torturas, assassinatos, intensificação da exploração, desemprego e miséria.

A reacção do governo salazarista à greve de 18 de Janeiro, e em particular na Marinha Grande, foi de grande violência e arbitrariedade: elevado número de prisões, despedimentos, julgamentos praticamente sumários, condenações a pesadas penas de prisão, deportações, assalto ao que restava das organizações operárias livres.

O Campo de Concentração do Tarrafal, instalado numa das piores zonas climáticas de Cabo Verde chuvas, fortes ventos, calor, água inquinada com um regime prisional inspirado no modelo nazi, assente na arbitrariedade, na violência organizada, nos trabalhos forçados, tornou-se num verdadeiro inferno para os presos antifascistas que para lá foram enviados, muitos deles participantes na greve de 18 de Janeiro”

(*) https://colectivolibertarioevora.files.wordpress.com/2014/01/textos-18-janeiro.pdf

(**) https://www.facebook.com/PORTAL.ANARQUISTA/photos/a.296793177087642.53912.296105283823098/946763515423935/?type=3&theater