(Cuba) Entrevista a Isbel Díaz Torres, libertário cubano


Capturar

Isbel Díaz Torres e Felix Sautié Mederos

Isbel Díaz Torres é um biólogo cubano e uma das figuras cimeiras do actual movimento libertário em Cuba. Blogger, poeta, membro da Rede Observatorio Crítico esteve recentemente detido por promover um debate sobre a nova Proposta de Código de Trabalho num dos parques da Cidade de Havana.

Felix Sautié Mederos: Filósofo e economista, fundador do Partido Comunista Cubano, é um dos mais conhecidos e respeitados intelectuais “dissidentes” do regime. Católico, tem estado ligado nos últimos anos à plataforma Socialismo Participativo y Democrático (SPD)

“Isso a que chamam “esquerda” também participou nos horrores da nossa civilização”

Isbel_DT (…)Felix Sautié Mederos: Amigo Isbel, sei que és biólogo, de cuja profissão, na minha opinião, fazes um emprego público de elogiável utilidade social através do boletim EL GUARDABOSQUES. Sei, também, que és poeta e que como parte da Rede Observatório Crítico publicas com regularidade no seu blogue em que se divulgam e convocam campanhas de mobilização e participação pública a favor da conservação do meio ambiente e da natureza em geral. Podes explicar-nos que influências deram origem à formação das tuas ideias e convicções ideológicas e políticas, assim como à tua formação intelectual e profissional. Que fazes em concreto, qual é a tua actividade quotidiana, a que te dedicas? Como te definirias a ti próprio, consideras-te parte da Nova Esquerda Cubana?

Isbel Díaz Torres: A minha primeira militância foi como membro da União de Jovens Comunistas. Cheguei a dirigir o Comité de Base da UJC do meu ano, enquanto estudava no curso de Biologia na Universidade de Havana, por volta de 1998. Foi uma aprendizagem interessante, pois o ambiente da UJC universitária conduziu-me a uma profunda convicção de que esse não podia ser o caminho para a construção do socialismo. Fui testemunha de como se pretendia formar uma juventude acrítica, submissa, irreflexiva, disciplinada e com uma fé cega nos líderes da Revolução; uma revolução da qual não éramos protagonistas. Uma vez convencido disso, renunciei ao cargo. A apatia política e a decepção marcaram a minha passagem pela Universidade e anularam-me como ser político durante vários anos. Só o crime ecológico que significou para mim a poda extrema de uma Ceiba (árvore tropical de grande porte – NdT) centenária, no bairro de San Augustín, quase 10 anos depois, me fez sair daquela modorra.

Apesar da minha formação como biólogo é o meu olhar crítico sobre essa mesma formação que determinou, na maior parte dos casos, as minhas posições ambientalistas actuais. A capacidade para uma análise holística da realidade, em conjunto com a informação disponível sobre o actual estado de coisas no planeta (e em Cuba), fizeram que me situasse talvez nos antípodas do modo como muitos entendem a ciência na Ilha, tão longe de qualquer activismo, tão despolitizada e tão manipulada pelas esferas burocráticas do poder.

Por outro lado, a poesia tem sido outro dos principais vectores que me definem. A possibilidade de criar, de provocar, de comunicar alguma coisa aos que me rodeiam, tem um poder incalculável. Ao mesmo tempo, a poesia ajuda a colocar-me num plano de humildade face aos dramas humanos, quando conflitos de ética, estética, política, moralidade, ou qualquer outro, se desenrolam perante mim. Uma nova possibilidade para abordar as problemáticas, abrindo a porta a soluções, às vezes insuspeitas e quase sempre revolucionárias.

Pela minha parte, considero que o termo de “Nova Esquerda Cubana” é impreciso. Julgo que quem quiser que esteja integrado nesse conceito faz parte de um continuum no pensamento da esquerda cubana É possível que a visibilidade agora seja maior, graças às actuais tecnologias de informação, mas certamente antes de mim (e vários dos meus companheiros/as do Observatório Crítico) existiam na Ilha vozes críticas pensando e fazendo por um socialismo à escala humana. De qualquer modo, sinto que faço parte desse movimento, que se podia chamar de esquerda, ou anticapitalista ou altermundista. No fim de contas, já sabemos que as etiquetas muitas vezes acabam por nos fazer uma rasteira, e isso a que chamam “esquerda” também participou nos horrores da nossa civilização”.

O que, sim, se poderia destacar do meu posicionamento e de outr@s que me rodeiam, é a inclusão duma perspectiva libertária que foi truncada da realidade cubana (e extirpada da sua história) durante a década de 60. Daí para cá, o pensamento de esquerda colocou a sua centralidade num modelo de Estado, mais ou menos poderoso, mais ou menos permissivo; ao contrário, a nossa perspectiva actual tem como centro a construção de um modelo de sociedade horizontal, descentralizada, crítica, que impeça a instauração de autoritarismos de qualquer tipo.

Talvez seja também inédita esta nossa vontade de nos posicionarmos à esquerda dos grupos burocráticos actualmente no poder, assim como de abandonar a estratégia de “defesa” da Revolução e substitui-la pelo “desenvolvimento” ou “radicalização” da Revolução. Para isso, um bom caminho poderia ser a procura daquilo que o meu camarada Mario Castilho baptizou como “os conteúdos populares da Revolução Cubana”

Felix Sautié Mederos:Tal como perguntei a Dmitri Prieto numa recente entrevista para “Por Esto! Pregunta” gostava que explicasses aos nossos leitores  a tua participação na Rede Observatório Crítico. Como te integraste no OC e que é, em concreto, essa Rede que tem uma importante página WEB e envia por correio electrónico um conjunto de artigos e informações a uma ampla lista de pessoas em Cuba e no exterior. Quais são os vossos propósitos e que resultados vão tendo?

Isbel Díaz Torres: Cheguei ao OC (que nessa altura não existia como Rede) graças à Associação Hermanos Saíz, organização em que integrava a secção de Literatura. Num encontro na sede do Pavilhão de Cuba conheci a dois dos fundadores das iniciativas OC: Mario Castillo e Armando Chaguaceda, que de imediato se ofereceram para colaborar com o projecto EL GUARDABOSQUES (fundado dois anos antes em conjunto com um grupos de amig@s).

Esse encontro evitou que EL GUARDABOSQUES desaparecessece, uma vez que sem colaboração e novas energias, os projectos vão enfraquecendo. De maneira que fui convidado ao Terceiro Observatório Crítico, no parque de campismo Boca de Jaruco, onde conheci grande parte do núcleo que até agora tem trabalhado em conjunto. Nesse ano de 2009, o OC deu o passo importante de se converter numa Rede de trabalho permanente, indo mais além da iniciativa que se celebrava anualmente.

Deste modo a Rede OC foi sendo construída por si mesma. É um espaço de apoio e solidariedade, mas também de acompanhamento, de empreendimento, de reflexão e de acção social. Pretendemos trabalhar em vários horizontes de acção e afinidade: autogestão, investigação, memória histórica, ecologia, educação, equidade de género, artes, equidade racial, mundo de vida popular, tecnologia e outros; ainda que na realidade estejamos juntos em todas as acções e iniciativas.  Embora não estejam todas representadas, existe uma ampla diversidade de posições no interior da Rede (reflexo da Cuba actual), peloq eu é fácil imaginar os muitos debates que travamos, o que é um exercício duro, mas imprescindível.

Com o tempo conseguimos ter um perfil reconhecível ao nível internacional, apesar de só dispormos de um blogue e do boletím COMPENDIO OC. A nível nacional o reconhecimento acontece em dois planos bem perceptíveis: um grande número de pessoas em todas as provinciais lêem os nossos artigos ao receberem o COMPENDIO OC nas suas caixas de correio electrónico e outro grupo mais reduzido encontra-se ao nível comunitário, onde a Rede e os seus projectos de características independentes incidem de maneira sistemática. É imprescindível assinalar que em ambos os planos, as dificuldades burocráticas de quem prefere o uso da força à razão e ao diálogo, limitam de maneira considerável o potencial impacto do projecto, que seria muito benéfico para o desenvolvimento social e para os empoderamento d@s cidadãos/ãs.

Uma das principais críticas aos espaços de debate intelectual na Ilha tem sido o seu quase nulo impacto ao nível social, fora das cúpulas letradas. Se a aproximação às comunidades (trabalho que desde o  OC sempre assumimos como imprescindível), para além da sua complexidade intrínseca, é obrigado a ter lugar debaixo dos mecanismos coercivos de entidades burocráticas que actuam com o critério de “Praça Sitiada”, o que distorce os nossos esforços e propósitos, destroem alianças, desinformam, ameaçam activistas e cidadãos/as; é possível, por isso, imaginar quão árdua tem sido a nossa tarefa. Isto mostra também o nível de vulnerabilidade em que vive a sociedade civil cubana, à mercê de estruturas burocráticas que agem por cima da Constituição, sem que lhes importe violarem leis nacionais ou internacionais.

Talvez estes procedimentos obsessivos de quem quer controlar tudo seja o preço que temos que pagar pelo nosso desejo de autonomia (depois da quarta edição do Obesrvatório Crítico, em 2010, a rede tornou-se independente dos auspícios da Associação Hermanos Saíz) e procurámos a nossa legitimidade não nas instituições estatais, mas sim nas comunidades e noutros grupos ou pessoas afins.

As ideias libertárias atravessam o nosso modelo  organizativo, mesmo quando ainda não seja possível dizer que a totalidade dos indivíduos ou projectos da Rede partilhem uma perspectiva anarquista ou anarco-sindicalista. O respeito por tod@s e o desejo de que a diversidade possa confluir com clareza, é um dos princípios fundamentais do OC, que recusa esquemas verticais e/ou autoritários.

Felix Sautié Mederos: Conheço também os teus esforços e lutas a favor da diversidade da sociedade e contra o machismo e a homofobia tão comuns nos nossos meios sociais; como é que estes princípios e esforços se coordenam com as ideias libertárias, democráticas e socialistas daquilo que se designa como Nova Esquerda Cubana. ? O que é que podes dizer relativamente a isto, em concreto, para informação dos leitores de Por Esto?

Isbel Díaz Torres: Entendo que todas as discriminações são irmãs: por isso @s discriminad@s deveríamos trabalhar junt@s, também como irmãos/ãs. Fui testemunha (testemunho doloroso) do exercício da discriminação, não  de gente com poder (lhe poderíamos chamar homem, branco, “culto”, heterossexual, rico), mas sim de indivíduos que, por sua vez, sofrem algum tipo de discriminação. Assim um negro despreza um gay, uma mulher despreza um negro, um gay despreza um pobre, um “inculto” despreza uma mulher, etc..

É imprescindível estabelecer alianças entre estes grupos sociais discriminados e, para isso, muitas vezes há que começar por cada um(a) se reconhecer como discriminador(a).  A autocrítica e a humildade seriam muito úteis nesta luta em que, no entanto, s sociedade cubana tem tido modestos, mas formosos progressos.

Um certo pensamento de esquerda quis, durante décadas, reduzir todo o dilema a um “conflicto de classes”. Creio que já superámos esse estádio (o que não foi pouca coisa) e acrescentámos a esse real conflito de classes muitos outros que enriquecem, tornam mais complexo, mas sobretudo dão pistas do porquê de muitos projectos emancipatórios, no final, terem ido pela sanita abaixo, quando tentaram homogeneizar os indivíduos e desconhecer as diversidades.

Faço parte do Projecto Arco-Íris, que se declara independente e anticapitalista, e promove acções e informação sobre as lutas contra as discriminações com origem no sexo, orientação sexual ou identidade de género em Cuba. Ainda falta dar forma a uma comunidade LGBT na Ilha que possa colocar as respostas que precisa para sentir-se plenamente livre e juridicamente protegida. As iniciativas estatais nos últimos anos avançaram muitíssimo, sobretudo trazendo informação e visibilidade, mas estou convencido de que só a pressão popular dos gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais cubanos conseguirá que se aprovem leis que permitam , pelo menos, equiparar-nos do ponto de vista do direito às pessoas heterossexuais.

Felix Sautié Mederos: Relativamente ao problema da discriminação racial, bem como da política de exclusão, autoritarismo centralização em Cuba. Que podes explicar-nos a este respeito? Na tua opinião existem realmente estes problemas e como é que os podemos enfrentar no sentido de lhes encontrar uma solução?

Isbel Díaz Torres: A discriminação racial e o racismo existem na Cuba contemporânea. Já o observei com os meus próprios olhos (inclusivamente sofri-o na própria carne). O fenómeno manifesta-se tanto ao nível individual e de sociedade, como no interior das instituições estatais e na generalidade das estruturas de poder. A profunda crise dos anos 90 serviu, entre outras coisas, para destapar verdades camufladas da sociedade. A pequena  “retirada” do Estado, para dizê-lo de alguma forma compreensível, e a abertura forçada  a que foi obrigado na altura, fizeram com que o racismo oculto (silenciado por decreto algumas décadas atrás, mas nunca extirpado) viesse à superfície, desta vez com uma carga de cinismo e de nudez verdadeiramente ofensivos.

De tal modo, as actuais reformas económicas relacionadas com a liberalização do mercado, ensaiadas sem nenhuma legislação que proteja de modo efectivo os sectores mais vulneráveis, significaram, no final, exercícios de discriminação racial. O racismo institucional dos perfis criminais ensinado nas escolas de polícia, dos padrões nas escolas de ballet ou nas danças folclóricas, dos galãs e heroínas nas telenovelas nacionais, etc., passou com total “naturalidade” às exclusões motivadas pela cor da pele nos negócios vinculados ao turismo, à sub-representação de negr@s nos cursos universitários e a sua sobre-representação nas prisões e nos bairros marginais.

Apesar do surgimento de valiosas iniciativas cidadãs e institucionais (a aparição da Confraria da Negritude e do Capítulo Cubano da Articulação Racial Afrodescendente da América Latina e do Caríbe (ARAAC) constituem balizas nesse sentido) no seio das populações afrodescendentes, como parte da sociedade que são, também se reproduzem os estereótipos discriminatórios e continuam os padrões de consumo e os modelos de beleza produzidos a partir das elites do poder económico e político.

É preciso legislação mais explícita que proteja estes sectores e, em geral, que a sociedade respeite as suas próprias leis. As carências democráticas do desenho cubano (e sobretudo o pôr-se em prática) são uma dificuldade significativa que, forçosamente, se terá que resolver. Contudo, a realidade de sociedades contemporâneas, que se apresentam como muito “democráticas” e que dão um tratamento mais frontal a estas questões, demonstram que não é suficiente o reconhecimento dos direitos e a promulgação de leis que os referendem. Nenhuma lei entrará na casa das pessoas e modificará as lógicas familiares que contêm arreigados elementos discriminatórios.

Por isso, a solução não poder ser única; nem sequer deve vir de uma única parte. Sem dúvida que se tivermos em atenção uma frase profundamente sábia de Paulo Freire, quando diz: “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta só. Os homens (e as mulheres) libertam-se em comunhão”, compreenderemos que se não se consegue essa “comunhão” no interior de uma parte significativa da população dificilmente se conseguirá transformar a sociedade. Há muito que “des-aprender,  descolonizar o nosso olhar e, ao mesmo tempo, deixarmos o papel de vítima para assumirmos o de quem decide lutar.

Felix Sautié Mederos: Pergunto-te directamente, na tua opinião de jovem e destacado intelectual. Na nossa sociedade há uma ruptura geracional? Se há, como a vês e o que é que se deve fazer, na tua opinião, para enfrentá-la? Há jovens integrados nestas lutas ou será que todos sonham com sair do país, como alguns dizem?

Isbel Díaz Torres: Sim, há uma profunda ruptura geracional que eu, particularmente, vejo em dois sentidos: – o que mais salta à vista é um plano onde NÃO convergem as gerações que são hoje jovens comas gerações que foram jovens antes ou imediatamente depois do triunfo de 1959: o plano das fidelidades. As gerações actuais não respondem aos mesmos códigos que as anteriores. O que significou o triunfo revolucionário, a alteração substancial ao ordenamento social, os avanços que têm a ver com o acesso a benefícios sociais como o trabalho, a saúde, a educação, ou simplesmente o fim do massacre batistiano (de Fulgêncio Batista, o ditador deposto em Cuba em 1959 NdT), são apenas e só história para @s jovens. O carisma de uma figura como Fidel Castro que, para mais, também diminuiu sensivelmente  a sua influência, pelo que as quotas de legitimidade têm vindo a diminuir.

Muitas pessoas pertencentes às gerações fundadoras, apesar de verem frustrados os seus sonhos, apesar de inúmeros fracassos pessoais de índole profissional, familiar, intelectual ou económico, mantêm rígida a sua fidelidade (que às vezes nem podem mostrar). Na minha opinião, isso deve-se a uma real r profunda transformação iniciada em 1959, mas também a um doutrinamento sistemático, centralizado, autoritário, férreo, que sofreram muitas dessas gerações, que as condicionou de modo indelével.

As actuais gerações, pelo nosso lado, beneficiámos daqueles êxitos de maneira “natural”, não como uma conquista pelas quais morreram pessoas. Algumas dessas conquistas, para cúmulo, sofreram um franco retrocesso. (Exemplos: o direito ao trabalho acaba de ser apagado do Projecto de Código do Trabalho que a burocracia tenta impor às/aos cuban@s, pelo que dificilmente podemos dar alguma legitimidade a uma elite que persiste em manter-se no poder e que implementa dramáticos cortes sociais.

O segundo plano em que reconheço a ruptura geracional tem a ver com o plano das utopias. Ao mesmo tempo que boa parte das gerações fundadoras mantêm a sua fidelidade (que pode estar depositada em Fidel, na Revolução, no Socialismo ou em qualquer outro símbolo), carregam uma incapacidade para imaginar um futuro para a Ilha. Sobretudo, para imaginar um modelo social alternativo ao capitalismo hegemónico e que para o qual hoje os economistas cubanos olham lambendo os lábios.

Este segundo aspecto, claro, que os põe em sintonia com boa parte da juventude cubana que apenas aspira a colmatar as suas necessidades de consumo, mas divorcia-os daqueles que refundámos os nosso sonhos de um futuro claramente socialista, verdadeiramente emancipado da exploração de qualquer tipo e que defendemos o protagonismo popular no aperfeiçoamento anticapitalista e antiautoritário da sociedade na nossa Pátria. Criar novas situações libertadoras para Cuba, face à crise social actual e ao expansivo sentido comum do capitalismo que se propaga na actualidade, mão parece que esteja nas agendas de boa parte daquels que integram essas gerações fundadoras.

Não obstante, não creio que seja desnecessário esclarecer que o termo “gerações” é bastante enganador e existem pessoas que, certamente, não se sentirão reflectidas no que aqui esbocei. Para mais, é desejável e necessário superar essas rupturas. O OC (Observatório Crítico) é uma mostra daquilo que é possível, pois em conjunto com jovens activistas que integram a Rede, trabalham companheiros de muito mais idade, cujas contribuições acabaram por ser imprescindíveis nas nossas tarefas. Exemplos são Tato Quiñones, Pedro Campos, Ovidio D’Angelo, Félix Sautié e alguns outros, cada qual com as suas posições, as suas fidelidades, as suas militâncias e sempre com bastantes e coerentes argumentos; mas o mais importante: com o interruptor da “utopia possível” ainda aceso.

(…)

Tradução CLE

Aqui: http://www.poresto.net/ver_nota.php?zona=yucatan&idSeccion=24&idTitulo=288195

Aqui: http://www.cuba-spd.com/index.php/secciones/articulos-de-actualidad/por-esto-pregunta/item/386-entrevista-a-isbel-d%C3%ADaz-torres

http://observatoriocriticodesdecuba.wordpress.com/

http://www.mlc.acultura.org.ve/

Deixe um comentário