Month: Junho 2014
Évora: Conferência/Debate sobre a vida e o pensamento do anarquista alentejano Gonçalves Correia no dia 5 de Julho, às 18,30H
Realiza-se no próximo sábado, dia 5 de Julho, no pátio da Associação “É Neste País”, em Évora, pelas 18,30H, uma conferência/debate sobre a vida e o pensamento do anarquista alentejano Gonçalves Correia, fundador do jornal “A Questão Social”, em Cuba, e um dos impulsionadores da “Comuna da Luz”, em Vale de Santiago, Odemira, (uma das primeiras experiências comunitárias de vivência e trabalho em comum, brutalmente reprimida pelas forças do Estado), com a participação da investigadora Francisca Bicho.
À conferência seguir-se-á um gaspacho e outros petiscos.
A entrada é livre.
Esta conferência, organizada pela Revista de cultura libertária “A Ideia” e pelo “Portal Anarquista”, com o apoio da Associação “É Neste País”, é a segunda de um ciclo de Conferências Libertárias (a primeira teve lugar no mês passado sobre o pensamento libertário de Mikhail Bakunin, por ocasião do aniversário dos 200 anos do seu nascimento) a decorrer em Évora durante os próximos meses, com uma periodicidade mensal. A próxima conferência – em data e local a divulgar posteriormente – realizar-se-á durante o mês de Setembro e deverá centrar-se em torno dos projectos jornalísticos de natureza libertária existentes actualmente em Portugal.Sobre Gonçalves Correia: http://antoniogoncalvescorreia.blogspot.pt/2013/04/goncalves-correia-em-cuba-do-alentejo.html
http://bioterra.blogspot.pt/2008/11/comuna-da-luz-em-odemira-e-comuna-claro.html
A Felicidade de Todos os Seres na Sociedade Futura (Conferência de Gonçalves Correia realizada no V Congresso dos Trabalhadores Rurais no Teatro Garcia de Resende, em Évora, no dia 16 de Dezembro de 1922)
Este sábado na zona de Lisboa
Concentração em Lisboa às 17 H junto ao Consulado Espanhol, Rua do Salitre, 1
https://www.facebook.com/aitsp.lisboa?fref=ts
A luta social não é um delito
Dirigimo-nos a vocês para vos lançar uma proposta de mobilização a nível estatal e internacional para o dia 28 de Junho com o lema: A luta social não é um delito, frente à repressão, solidariedade!!!
A repressão do Estado espanhol às lutas sociais chegou a níveis próprios de regimes autoritários. Por isso, a colaboração e organização entre tod@s e a demonstração de solidariedade são mais necessárias que nunca.
No estado espanhol, durante os últimos anos, a repressão aos movimentos sociais passou de multar as pessoas por participar em protestos sociais, a metê-las na prisão pelo mesmo motivo. Tudo num contexto de precariedade e cortes para a população e umas reformas legislativas do governo orientadas para acabar com a luta social (a lei de Segurança Cidadã, a reforma do Código Penal, a Lei de taxas Judiciais, etc.). E não o podemos permitir.
Fazemos uma chamada para que saiamos à rua no maior número possível de cidades no dia 28 de Junho em protesto contra esta situação de repressão e injustiça. Em muitas cidades estamo-nos a organizar para responder a esta situação de forma pontual, mas agora mais que nunca é imprescindível que nos juntemos nesta luta, porque a repressão é comum a todos e também será a nossa frente. Unamos o nosso caso particular aos demais para que sejamos mais fortes nesse dia.
Em Granada são o Carlos e a Carmen que vão entrar na prisão por participarem num piquete informativo do 15 de Maio; na Galiza, Ana e Tamara ou Serafim e Carlos encontram-se na mesma situação; igualmente Koldo em La Rioja e muitas outras pessoas nos vários territórios do Estado. E não nos esqueçamos dos companheiros que estão em prisão preventiva, sem terem sido julgados, como Miguel e Isma em Madrid, ou Sergi em Barcelona (recentemente preso na sequência dos protestos de Barcelona contra o despejo de Can Vies). Por todas estas pessoas, saiamos esse dia.
A nível internacional, convocamo-vos também para a mobilização em frente às embaixadas e consulados espanhóis, para que se oiça em todos os sítios a nossa repulsa contra a repressão do Estado espanhol aos movimentos sociais.
No grupo Stop Represión Granada, elaborámos já um manifesto e um cartaz para não vos sobrecarregarmos com trabalho e para que tudo seja mais rápido e eficaz (em breve vos mandaremos esse material). Se bem que, claro, em cada local são livres de decidir o que levar.
Para saber que cidades apoiam, pedimos que enviem ao correio do grupo –stoprepresion.acampadagranada@gmail.com – uma mensagem com o assunto “APOYO MOVILIZACIÓN 28 J”, para que possamos elaborar um documento com todas as cidades que apoiam e poder ir atualizando-o.
Sem mais, saudações carregadas de força. Esperamos a vossa resposta.
A REPRESSÃO NAO PODERÁ PARAR A NOSSA VONTADE DE LUTAR
A LUTA SOCIAL NÃO É UM DELITO
CONTRA A REPRESSÃO, SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL!!!
PEL@S NOSS@S COMPANHEIR@S DETID@S, ACUSAD@S E PRES@S
No Centro de Cultura Libertária, em Cacilhas.
17.30 – Círculo de leituras anárquicas: “Errico Malatesta e a violência revolucionária” de Alfredo M. Bonanno
20.00 – Jantar vegetariano
Uma vez por mês, juntamo-nos em torno de textos que nos despertaram o interesse, partilhamos leituras e debatemos ideias. Os círculos de leituras anárquicas não são apresentações de livros, são um espaço de partilha e debate em que todos podem participar, mesmo que ainda não tenham lido o texto.
Este mês o texto proposto é “Errico Malatesta e a violência revolucionária” de Alfredo M. Bonanno. Este texto está disponível na livraria do CCL, e em pdf aqui:http://document.li/Q93q (brochura para imprimir: http://document.li/7s3c).
“Para que duas pessoas possam viver em paz é necessário que ambas as partes desejem a paz, porque se uma insiste em usar da violência para obrigar a outra a trabalhar para ela e a servi-la, então a outra, se quer conservar a sua dignidade como pessoa e não ser reduzida à mais abjecta escravidão, será obrigada, apesar do seu amor pela paz e pela harmonia, a resistir à força pelos meios adequados.”
“… O escravo está sempre em estado de legítima defesa e, portanto, a sua violência contra o senhor, contra o opressor, é sempre moralmente justificável; ela deve ter como regra um único critério: a utilidade e a economia do esforço e dos sofrimentos humanos.”
“Os anarquistas não são hipócritas. É pela força que se resiste à força: hoje contra a opressão de hoje; amanhã contra aqueles que poderiam substituir por uma outra opressão a de hoje.”
Errico Malatesta
“Nada melhor do que a leitura das minhas intervenções sobre Malatesta no encontro anarquista de Nápoles, em Dezembro de 2003, para perceber como cada tentativa de justificar ou condenar o conceito de violência revolucionária é, à partida, uma batalha perdida. A violência revolucionária não precisa das minhas justificações e não pode ser vilipendiada por nenhuma espécie de condenação, mesmo que vinda das próprias fileiras anarquistas.”
Alfredo M. Bonanno
aqui: http://culturalibertaria.blogspot.pt/2014/06/28-de-junho-circulo-de-leituras.html
A secção dos estragos da ideologia & dos meios para os superar, apresenta o
livro do mês – Impasse cidadanista, de Alain C.
(Lisboa) Jantar & Debate “Secretas e Ladrões”, no RDA69
Realiza-se esta noite, a partir das 20H, o jantar debate promovido pelo Observatório do Controlo Social e da Repressão, no espaço RDA69 – Rua Regueirão dos Anjos, em Lisboa
Há cerca de dois anos, num contexto em que milhares de pessoas saíam para a rua em protesto contra o roubo generalizado das suas vidas, veio a público a existência do Núcleo de Informações da PSP, descrita pelos meios de comunicação social como uma espécie de unidade secreta integrada na Polícia de Segurança Pública, tão secreta que não chega a constar da orgânica institucional. Após as manifestações da greve geral de 14 de novembro de 2012, marcadas por uma forte carga policial e por detenções ilegais, a unidade chegou mesmo a tentar aceder, à margem de qualquer mandato judicial, a imagens não editadas produzidas por orgãos de comunicação social. Mais recentemente, no âmbito do processo judicial contra Miguel Costa do Carmo, acusado de arremessar uma cadeira contra agentes da PSP aquando das manifestações da greve geral de 22 de março, existem indícios da participação desta unidade na orientação dos depoimentos de testemunhas de acusação. A partir deste exemplo específico, propomos uma conversa em torno dos atuais dispositivos de monitorização, controlo e repressão das lutas sociais, para lá tanto da denúncia da violência policial (que existirá, certamente) como da parónia auto-referencial que vê paisanos e infiltrados em toda a parte.
“A las barricadas! A las barricadas!/ por el triunfo de la Confederación!”
.
Versão de “¡A las barricadas!” , hino da CNT, gravada no conservatório “Juan Crisóstomo de Arriaga” de Bilbao a 14 de Novembro de 2009, tendo como pretexto o centenário da CNT (1910-2010)
Negras tormentas agitan los aires,
nubes oscuras nos impiden ver,
aunque nos espere el dolor y la muerte,
contra el enemigo nos manda el deber.
El bien más preciado es la libertad,
hay que defenderla con fe y con valor.
Alza la bandera revolucionaria,
que del triunfo sin cesar nos lleva en pos.
Alza la bandera revolucionaria,
que del triunfo sin cesar nos lleva en pos.
¡En pie pueblo obrero, a la batalla!
¡Hay que derrocar a la reacción!
¡A las barricadas! ¡A las barricadas
por el triunfo de la Confederación!
¡A las barricadas! ¡A las barricadas
por el triunfo de la Confederación!
Chiado – Momentos finais do julgamento
“Terminou na última terça-feira, 17 de Junho, a série de cinco audiências onde se disputou a verdade sobre os acontecimentos no Chiado, que opuseram de forma violenta agentes da PSP e manifestantes, no contexto da greve geral de 22 de Março de 2012. Sobre mim recai a acusação de ter arremessado uma cadeira das esplanadas (“com toda a força”) contra a linha de seis polícias que abria cabeças e desferia golpes sem parar, na sequência de uma detenção no interior da manifestação, onde foi arrastado pelo chão um homem (estivador), que vinha rebentando petardos no desfile. No total foram ouvidas 20 testemunhas (7 polícias e 13 manifestantes). Dia 3 de Julho será lida a sentença, pelas 15h, no local do costume: Campus da Justiça, Edifício B, 5ºJuízo, 1ª secção. São todos bem-vindos a assistir.
Por outro lado, já esta sexta (dia 27, 20h) tem lugar no RDA69 um jantar e conversa sobre a relação entre o desenvolvimento dos dispositivos de monitorização e repressão e as lutas sociais dos últimos anos. Este momento é organizado pelo Observatório do Controlo Social e da Repressão que tem estado a mobilizar recursos enquanto observatório e fundo para apoio a processos judiciais. https://www.facebook.com/events/625578590871794/
Pedia-vos que fizessem circular esta informação entre amigos e agradeço divulgação nos vários media.”
Abraços e beijos
Miguel Carmo
Em baixo junto algumas ligações públicas associadas a este caso:
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/miguel-carmo-nega-ter-arremessad…
http://passapalavra.info/2014/06/96648
http://obeissancemorte.wordpress.com/2014/05/22/algumas-notas-sobre-o-pr…
http://portugaluncut.blogspot.pt/2012/03/provocacoes-policiais-versao-un…
http://passapalavra.info/2012/03/54758 http://versaletes.blogspot.pt/2012/03/miguel-macedo-brinca-com-o-fogo_27…
Copa do Mundo 2014, o regresso à ditadura militar
Cassilda Pascoal (*)
Se o pontapé de saída do mundial de futebol foi dado no passado dia 12, outros pontapés são dados há décadas: os da polícia militar brasileira.
A polícia militar (PM) é o maior resquício da ditadura militar no Brasil, instaurada há precisamente 50 anos tendo durado até 1985. A PM, como o nome indica, é preparada para o militarismo, não para o serviço de segurança pública, não para proteger as populações mas sim para aterrorizar e reprimir em prol de interesses das classes dominantes nacionais e internacionais. Assim permanece.
(Porto) São João São João libertino/altas horas da noite feito artista/andas nas ruas em desatino/ainda dirão de ti ‘olh’ó santo anarquista’
S. João e reggae no Musas. A partir das 15 H.
Reggae e comida vegetariana é a proposta do Musas para a noite de S. João este ano, na Quinta Musas da Fontinha. Além da música e do divertimento, a solidariedade com o Musas é também proposta…
Largo da Fontinha, 18H
O cartaz diz tudo, no entanto há quem se vá encontrar no sábado às 18h no largo da fontinha para combinar pormenores…
(memória libertária) Silves: a luta dos corticeiros há 90 anos
Silves, anos 30
Corria o já distante ano de 1924. Em luta pela melhoria das suas condições de vida, a greve dos corticeiros prolongava-se no tempo. Sem salário, começa a estar em causa a satisfação das necessidades básicas. A fome atinge as famílias operárias e a solidariedade social organiza-se espontaneamente tentando suprir as necessidades alimentares, protegendo em especial as crianças e a sua saúde. Por todo o Algarve, do Sotavento ao Barlavento, há quem se proponha receber os filhos dos corticeiros de Silves. Centenas de crianças são deslocadas e acolhidas junto de famílias solidárias, de Vila Real de Santo António a Lagos.
O tango dos sem consciência de classe
Quando os trabalhadores da siderurgia entraram em greve não os apoiaste porque pensaste que assim não pode haver desenvolvimento.
Quando os trabalhadores do metro entraram em greve subiste pelas paredes porque não podias ir trabalhar a horas e sem problemas.
Quando se puseram em greve os professores do ensino básico e os professores do secundário irritaste-te com esses parasitas que têm três meses de férias por ano.