Month: Dezembro 2019

(Lisboa) Contra as dragagens no Sado – Manifestação frente à Assembleia da República. Quinta-feira, 19 /12, às 15 horas.


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É URGENTE PARAR AS DRAGAGENS – 

TODOS EM DEFESA DO RIO SADO! 
MANIFESTAÇÃO QUINTA FEIRA 19, 15:00 – Frente à Assembleia da República – São Bento, Lisboa. 
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A dragagem de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do fundo do estuário do Rio Sado já começaram na passada noite de 12 para 13 de Dezembro.

As manchas de lodo criadas por estas obras foram visíveis desde as primeiras horas.

É mais urgente do que nunca não baixar os braços, e defender o Rio Sado em todas as frentes!

Quinta feira dia 19 de Dezembro o Sado vai ao Parlamento.

A SOS Sado, o Clube da Arrábida, a Associação Zero, a Ocean Alive e a Assembleia Popular em Defesa do Sado anunciam e convocam todos os interessados para se juntarem em protesto pelo arranque das obras e pela sua suspensão total e imediata, pelas 15:00 frente às escadarias do parlamento.

Nessa tarde serão discutidas em sede da Comissão de Ambiente, as propostas apresentadas por 4 partidos políticos e uma petição pública impulsionada pelo movimento SOS Sado assinada por várias centenas de pessoas.

Estas propostas, se votadas favoravelmente, no dia 20 Sexta-feira, produzem uma recomendação ao governo. Não têm só por si a capacidade de travar este crime ambiental, no entanto poderá ser um passo importante nesta nossa luta.

Por isto, e sabendo à partida que o dia e a hora poderão ser impeditivos para muitas pessoas, um grupo de cidadãos que têm participado nas actividades da Assembleia Popular em Defesa do Sado e movimento SOS Sado tomaram a iniciativa de organizar a proposta que nasceu da assembleia aberta que decorreu na última vigilia a 8 de Dezembro: Marcar presença numa manifestação ruidosa em frente ao parlamento durante a discussão.

Vamos fazer ouvir a nossa voz em Lisboa!

É urgente travar as obras que já começaram, e impedir que se continue a destruir este património único de todos nós!

Custe o que custar, e doa a quem doer, o Rio Sado é para defender!

Autocarros para Lisboa:

Foram organizados autocarros para transporte colectivo. Esta iniciativa é totalmente apartidária, os fundos foram recolhidos entre cidadãos setubalenses que desejaram contribuir para este efeito.

Aconteça o que acontecer com a discussão e votação em Lisboa, não vamos parar por aqui!

Mais protestos contra a omissão da resistência anarquista ao fascismo na exposição do Museu Nacional Resistência e Liberdade de Peniche


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Vários companheiros têm feito chegar ao Portal Anarquista mensagens de protesto enviadas ao Museu Nacional Resistência e Liberdade a propósito da denúncia aqui feita da omissão do papel dos anarquistas e anarcossindicalistas numa exposição em que se destaca a resistência ao fascismo em Portugal. De algumas delas fazemos eco (ou já fizemos) nestas páginas e apelamos a que mais vozes de protesto se juntem às nossas.

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“Adiro ao protesto contra a grave omissão que o Museu Nacional Resistência e Liberdade, Fortaleza de Peniche, faz do papel da CGT e dos anarquistas no combate e na resistência contra o fascismo. Estigmatizo a remoção da memória histórica que ofende não somente os anarquistas e os anarcossindicalistas, mas também todos os que honram a verdade histórica e todos os sinceros antifascistas. 

Virgilio Caletti – Arruda dos Vinhos”

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“Excelentíssimas Sras. e Srs. responsáveis pelo Museu Nacional Resistência e Liberdade (MNRL); e do catálogo da exposição – “Por Teu Livre Pensamento” – (PTLP).

Venho por este meio, como Libertário, protestar veemente contra a emissão que fizeram – voluntário ou involuntariamente sobre o papel da CGT-Anarco-Sindicalista. Estes militantes-trabalhadores e lutadores pela dignificação do trabalho; e contra a degradação social, vivida no “Estado-Novo” – não merecem ser branqueados décadas de luta, morte e sofrimento, que o ditador impôs!

Os ideais de quem luta pela liberdade e pelo bem comum do Género-Humano, jamais se apagarão! 

“A função do historiador é lembrar à sociedade daquilo que ela quer esquecer” – (Pétu Burke, historiador)

Com os melhores cumprimentos.

António Alvão Carvalho.”

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“O centenário da CGT e da Batalha, que se assinalou durante o corrente ano de 2019, coincidiu com a transformação da Fortaleza de Peniche em Museu Nacional e a abertura de uma exposição «Por Teu Livre Pensamento» que é uma autêntica elegia da história do PCP e onde a CGT, A Batalha e os anarquistas não contam.

Vários companheiros já protestaram junto da organização do Museu e da Exposição pelo total apagamento do papel dos anarquistas na luta contra o Estado Novo e o fascismo.

Anarquistas e anarco-sindicalistas que sofreram centenas de anos de prisão acumulados nas diversas prisões do fascismo, entre elas a fortaleza de Peniche, e onde muitos também foram vítimas de torturas atrozes e alguns perderam a vida.

Face a esta ignomínia, junto a eles a minha voz a denunciar a obscena omissão dos organizadores de tal exposição, considerando inaceitável tal manipulação dos factos da história social.

Luís Bernardes”

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“EMAIL ENVIADO AO DGPC :

Venho por este meio denunciar o papel ínfimo que o Museu Nacional de Resistência e Liberdade esta a dar aos anarquistas e anarcosindicalistas no contexto de resistência aos fascismo.

O PCP teve um papel importante na luta contra o fascismo, mas não foi só o PCP que resistiu ao fascismo.

Os anarquistas e anarcosindicalistas da extinta CGT – Confederação Geral do Trabalho organizaram uma greve geral em 18 de Janeiro de 1934 para derrubar o regime fascista do Estado Novo que não teve êxito, mas foi um marco de luta do trabalho contra a ditadura.

Também Emídio Santana organizou um atentado sem êxito ao ditador Salazar a caminho da missa numa rua de Lisboa em 4 de Julho de 1937. Agradecia que divulgassem estes dois aspectos.

Fernando Dias

“O que está em Peniche é exactamente a linha de pensamento dos mecenas e da barriga de aluguer que gerou o museu”


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Emídio Santana, militante anarquista, director de “A Batalha” depois do 25 de Abril de 1974, um dos autores do atentado contra Salazar (1937) – após o que cumprirá 16 anos de prisão – discursando na manifestação do 1º de maio de 1977, na Praça da Figueira, em Lisboa. Fotografia de  Carlos Vidigal (aqui)

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(comentário no facebook ao post “(PENICHE) PROTESTO CONTRA A OMISSÃO QUE O MUSEU NACIONAL RESISTÊNCIA E LIBERDADE FAZ DO PAPEL DA CGT E DOS ANARQUISTAS NO COMBATE E NA RESISTÊNCIA CONTRA O FASCISMO”)

“… não é de estranhar! Ao decidirem a vossa linha de pensamento político e optarem pela visão acrata sobre a sociedade, têm de compreender que para o comum dos mortais, mesmo para muitas mentes que se acham superiores, e até liberais, em matéria de intelectualidade, têm de compreender, dizia eu atrás, que falar de anarquismo, ou acracismo, em certos meios, é o mesmo que pregar o fim do mundo. O que está em Peniche é exactamente a linha de pensamento dos mecenas e da barriga de aluguer que gerou o museu.

Quem esteve em Peniche na apresentação do livro do ex-dirigente comunista Carlos Brito e teve a oportunidade de escutar as palavras do presidente do município local, se escutou com atenção as palavras do dito cidadão, teve logo – eu tive! – a premonição do desastre.

Não sei se os meus caros estiveram na Biblioteca Nacional, há umas semanas, na apresentação do livro do João Freire, “Quatro Itinerários Anarquistas” integrado nas comemorações do centenário d’ A Batalha?.  Se estiveram, certamente se recordam de o José Pacheco Pereira, que apresentou a obra, ter falado da “quebra da memória”, ou seja, uma interrupção de documentação e massa crítica no intervalo de uma ou duas gerações. É com este tipo de ” subtilezas” que se provoca a “quebra de memória”.

Eu ainda não fui lá ver com os meus olhos para poder pensar por mim, mas breve irei lá, depois farei a minha apreciação e não terei qualquer problema em a escarrapachar no livro de visitas do museu, caso exista.”

Herminio Nunes

(Peniche) Protesto contra a omissão que o Museu Nacional Resistência e Liberdade faz do papel da CGT e dos anarquistas no combate e na resistência contra o fascismo


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NÃO AO BRANQUEAMENTO QUE O MUSEU NACIONAL RESISTÊNCIA E LIBERDADE, INSTALADO NO FORTE DE PENICHE, FAZ AO PAPEL DA CGT E DOS ANARQUISTAS NA RESISTÊNCIA E NO COMBATE AO REGIME FASCISTA E AO ESTADO NOVO

O centenário da CGT e da Batalha, que se assinalou durante o corrente ano de 2019, coincidiu com a transformação da Fortaleza de Peniche em Museu Nacional e a abertura de uma exposição «Por Teu Livre Pensamento» que é uma autêntica elegia da história do PCP e onde a CGT, A Batalha e os anarquistas não contam.

Vários companheiros, entre eles Eduardo Sousa, da Letra Livre, já protestaram junto da organização do Museu e da Exposição pelo total apagamento do papel dos anarquistas na luta contra o Estado Novo e o fascismo.

Anarquistas e anarco-sindicalistas que sofreram centenas de anos de prisão acumulados nas diversas prisões do fascismo, entre elas a fortaleza de Peniche, e onde muitos também foram vítimas de torturas atrozes e alguns perderam a vida.

Face a esta ignomínia, também o Portal Anarquista questiona e denuncia a obscena omissão dos organizadores de tal exposição, e considera inaceitável tal manipulação dos factos da história social.

Daqui apelamos a que os diversos colectivos e organizações libertárias apresentem o seu protesto junto da entidade responsável por esta falsificação histórica, que envergonha uma entidade que ostenta o pomposo título de Museu Nacional Resistência e Liberdade e que, no primeiro momento, silencia e branqueia a resistência libertária ao fascismo de que os anarquistas foram os primeiros e, durante largos anos, os principais opositores.

Os emails de protesto podem ser enviados para: geral@mnrl.dgpc.pt ou para rosalinacarmona@dgpc.pt

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Texto do protesto de Eduardo Sousa:

De: Eduardo Sousa
Enviada: 10 de outubro de 2019 17:52
Para: Geral MNRL-Peniche; Rosalina Carmona; Ângela Alves; Aida Rechena
Assunto: Protesto sobre grave omissão em Catálogo de Exposição

Caras Senhoras,

Boa tarde.

Numa recente visita à Fortaleza de Peniche, agora convertida em Museu Nacional Resistência e Liberdade, adquiri o catálogo da exposição «Por Teu Livre Pensamento».

Após a sua leitura fiquei espantado pela grave omissão no catálogo em relação ao papel da Confederação Geral do Trabalho (CGT), a mais importante organização do movimento operário português até ao final dos anos 30, confederação a que pertenciam a maioria dos presos políticos, sindicalistas revolucionários e anarquistas, nos primeiros anos da ditadura.

Não posso crer que em 2019 ainda sejam possíveis visões distorcidas, manipuladas do ponto de vista ideológico, que querem passar a ideia que o movimento operário e a resistência à ditadura nasceram com o PCP nos anos 40. Ou que a relevância da CGT seja inferior à de pequenos grupúsculos referidos explicitamente nesse catálogo, onde se faz uma única referência genérica a «correntes anarquistas» na pag. 28, nada constando sobre a CGT e os anarquistas nas páginas dedicadas ao Movimento Operário, à Clandestinidade, à Unidade Antifascista. Tal como não existem referências iconográficas em todo o catálogo a essa corrente.

No ano em que se comemora o centenário da fundação da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e do diário operário A Batalha, que a Biblioteca Nacional teve a feliz iniciativa evocar com uma exposição, deixo o meu mais vigoroso protesto pelo conteúdo historicamente pouco objectivo, e distorcido, do referido catálogo publicado pelo Museu Nacional Resistência e Liberdade com o patrocínio da Direcção Geral do Património Cultural.

Saúde e liberdade

Eduardo Sousa”

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Na resposta a Eduardo Sousa, a técnica Rosalina Carmona, em nome do Museu, reconhece a omissão da CGT no catálogo da exposição e refere apenas um cartaz da CGT em toda a exposição. Deixamos a resposta que foi enviada a Eduardo Sousa:

“Caro Senhor Eduardo Sousa,

Boa tarde

Agradecemos o seu contacto e contributo, relativamente ao Catálogo da exposição “Por teu Livre Pensamento” do futuro Museu Nacional Resistência e Liberdade, Peniche.

Podemos informar que os núcleos expositivos que se encontram abertos ao público na Fortaleza, tal como o que foi publicado no catálogo do futuro Museu, constitui uma primeira fase deste projecto, o qual está em curso e pretende-se que venha a ser muito mais aprofundado na etapa seguinte, que será a abertura efectiva do MNRL.

O tema que referiu é para nós muito importante e não foi ignorado na exposição. Caso não tenha reparado, o ecrã dedicado ao Sistema Repressivo apresenta um cartaz da CGT, referente à “pacificação dos espíritos…”, editado pela Confederação Geral do Trabalho em 1933. Com efeito, não há nenhuma imagem sobre a CGT no Catálogo, tal como não existe noutros temas, mas o Movimento Operário faz parte do Guião da exposição do futuro Museu, é um trabalho em progresso e que pretendemos aprofundar futuramente.

Informamos ainda que a equipa se deparou com diversas dificuldades na obtenção de imagens, que acabaram por ter reflexo no resultado final do trabalho. Apenas para ter uma ideia: foi solicitada a reprodução digital do Boletim informativo da Confederação Geral do Trabalho, Boletim nº 7, Nov. e Dez. 1934 a determinada entidade que possuía o original. Não nos foi cedida «por não disporem de meios, pessoal permanente e equipamento adequado para o efeito pretendido».

Resta-nos agradecer uma vez mais o seu contributo, que registamos e procuraremos ter em conta para o futuro.

Ao dispor para qualquer outro esclarecimento,

Com os melhores cumprimentos

Rosalina Carmona”

Técnica Superior

Direção-Geral do Património Cultural I DGPC

Palácio Nacional da Ajuda - Ala Norte, Piso 0 1349-021 Lisboa, Portugal

Telf. (00 351) 21 361 42 00 ext. 1521

Email: rosalinacarmona@dgpc.pt

http://www.patrimoniocultural.gov.pt

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Para além do grande acervo de material que consta da exposição na Biblioteca Nacional sobre os 100 anos de A Batalha , e de que os responsáveis do Museu de Peniche facilmente poderão obter cópias para não deixarem em branco a luta anarquista  e anarco-sindicalista de resistência contra o fascismo e pela liberdade (título que, pomposamente, o Museu ostenta), deixamos aqui algumas fotos elucidativas da presença do grande número de anarquistas que ao longo dos anos estiveram em Peniche, mas não só: durante os 48 anos de ditadura, centenas de anarquistas passaram pelas várias prisões do fascismo, do Aljube ao Tarrafal, de Peniche a Caxias, de Coimbra a Angra do Heroísmo, sem contar com os deportados para Timor, Moçambique ou Angola

 

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“ Fortaleza de Peniche – 1936. Um dia de visita. Os presos que fazem parte desta foto, na sua maioria militantes cegetistas, cumprindo penas várias ou detidos sem culpa formada, após o 18 de janeiro de 1934, pertencem a todas as regiões de Portugal, desde o Algarve ao Norte do país e das mais variadas profissões: camponeses, conserveiros, construção civil, alfaiates, comércio, etc. Entre os que puderam ser identificados encontram-se: José Francisco, ao lado de sua mãe, que por unanimidade de todos resolveram que figurasse na foto, com os seus 83 anos de idade; Barnabé Fernandes, do Barreiro; José Quaresma, de Setúbal, Jorge Viancad R Raposo, da Juventude Libertária de Lisboa. António Inácio Martins, anarquista do Porto, José Bernardo, de Setúbal” aqui

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“ Fortaleza de Peniche – 1934. Ao centro: Manuel Joaquim de Sousa, que foi o primeiro Secretário Geral da C.G.T. Da esquerda para a direita, sentados: José Francisco, do Secretariado da C.G.T. em 1933; António Inácio Martins, regressado da deportação em Angola, mas detido em Peniche. De pé, e pela mesma ordem: José António Machado, da Juventude Libertária; José Vaz Rodrigues, falecido na Penitenciária de Coimbra, onde cumpria pena por estar envolvido no atentado a Salazar; José Mestre Valadas Ramos, militante rural alentejano, morto em combate na Guerra Civil de Espanha, participando nas Milícias da C.N.T.” aqui

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Postal com a imagem do Forte enviado pelo corticeiro e militante anarco-sindicalista Reis Sequeira, de Silves, preso em Peniche, à família no Algarve, em 15/9/1936

 

(Lisboa) Livro com cartoons de Stuart Carvalhais n’ “A Batalha” vai ser apresentado esta terça-feira


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Na próxima terça-feira, 10 de Dezembro, pelas 18 horas, o livro Renda barata e outros cartoons de Stuart Carvalhais n’ A Batalha será apresentado na Biblioteca Nacional de Portugal, por Nuno Saraiva.

Com concepção gráfica de Joana Pires.
Co-edição A Batalha / Chili Com Carne
PVP: 10€ (8€ para assinantes do jornal)
Pedidos podem ser feitos para o nosso email: jornalabatalha@gmail.com

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No mesmo dia (terça-feira, 10 de Dezembro), na mesma biblioteca, o plano de festas é o seguinte:

15h00

Abertura

Visita guiada à exposição Centenário do jornal A Batalha

16h00
Mesa-Redonda | Moderação de António Cândido Franco

Imprensa e Edição Libertárias no Portugal de Hoje

jornal A Batalha
revista A Ideia
jornal Mapa
revista Flauta de Luz
revista Erva Rebelde
Portal Anarquista
Projeto Mosca
Barricada de Livros
Letra Livre
Textos Subterrâneos
BOESG

17h00

António Sérgio, o jornal A Batalha e as organizações operárias da Primeira República, por Quintino Lopes

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(Porto)

No próximo dia 13 de Dezembro, o centenário da Confederação Geral do Trabalho é evocado no Gato Vadio, no Porto, a partir das 21h30. 

Criada no II Congresso Operário Nacional, realizado entre 13 a 15 de Setembro de 1919, em Coimbra, a Confederação Geral do Trabalho, vem suceder à União Operária Nacional como organização de classe dos trabalhadores portugueses. Baseada nos princípios do sindicalismo revolucionário, adere à Associação Internacional de Trabalhadores em 1922, reclamando-se então do anarco-sindicalismo, em oposição à influência da Internacional Sindical Vermelha. Vem a publicar o jornal A Batalha, que chegaria a ter uma edição diária.

A CGT defende então:

  • a organização federativa autónoma dos trabalhadores;
  • a luta, fora de qualquer escola política ou doutrina religiosa, pela eliminação do sistema do salário e do patronato;
  • a colectivização dos instrumentos de produção;
  • as relações solidárias com todas as centrais dos trabalhadores do mundo;
  • a eliminação do capitalismo.

Terá este sindicalismo alguma coisa a ver com os sindicatos correntes nos dia de hoje?