Day: Dezembro 4, 2015

(Análise) Como Costa vai engolir a esquerda parlamentar


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Na Grécia surgiu um Syriza que anulou o desacreditado Pasok, adoptando a agenda deste último. Em Portugal, foi o PS que se preveniu e prepara a sua sobrevivência cooptando a esquerda parlamentar. Dois caminhos diferentes para uma normalização neoliberal em tempos de crise duradoura.

GRAZIA TANTA (*)

Contra todas as expectativas (nossas também[1]), gerou-se um governo PS, apesar do medíocre resultado eleitoral de António Costa[2], só possível com o apoio, o não desapoio ou ainda, a neutralidade da “esquerda” BE/PC, para além do berloque “Os Verdes”.

Uma “esquerda radical”?

Cabe aqui uma referência à campanha de desinformação do duo dos ressabiados Passos/Portas secundados pelo imputado burlão Marco Antonio Costa[3]. A acusação de “esquerda radical” ao BE/PC é de todo descabida porque dirigida a formações sociais-democratas fora do tempo, sem críticas ao capitalismo, que cultiva hierarquias e autoridade, crentes no keynesianismo, ou mesmo num neoliberalismo reformado, de “face humana”, na democracia de mercado, com eleições que reciclam no poder os mesmos do costume. Digamos que são conservadores ma non troppo.

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