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(Grécia) Encontro Anarquista do Mediterrâneo de 9 a 18 deste mês


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A Campanha Anarquista de Solidariedade Internacionalista “Três Pontes”, em cooperação com a IFA-IAF (Internacional de Federações Anarquistas), organiza um Encontro Anarquista do Mediterrâneo, de 9 até 18 de outubro de 2015, na Grécia. Este encontro terá o caráter de um evento de dez dias com atividades, debates e ações abertas, os quais se realizarão nas cidades onde colaborações de grupos locais, grupos individuais ou iniciativas locais participam na campanha (Atenas, Tessalônica, Patras, Larissa, Canea, Heraklion, Réthymno). Ao mesmo tempo serão organizados debates temáticos com a participação de companheiros e companheiras que são membros de federações anarquistas regionais ou nacionais, grupos anarquistas individuais, regionais e/ou companheiros, formas de organização anarcossindicalistas, espaços ocupados anarquistas ou libertários, etc.

O momento mais alto do Encontro Anarquista do Mediterrâneo será o dos eventos e debates temáticos de três dias, que se celebrarão em Creta de 16 a 18 de outubro.

O objetivo do Encontro Anarquista do Mediterrâneo é a comunicação direta e o intercâmbio de opiniões e experiências entre os anarquistas que vivem e atuam ao redor da bacia do mar Mediterrâneo. A questão dos imigrantes e os refugiados, a ameaça do fundamentalismo religioso, a luta pelo confederalismo democrático nas regiões curdas, a crise econômica, o desemprego e a pobreza, o auge do nacionalismo nos Balcãs e, em geral, os conflitos militares na zona da Crimeia, as lutas contra a destruição ecológica de vastas zonas, o surgimento de comunidades auto-organizadas de luta, a repressão estatal e a luta dos anarquistas em cada país, são algumas das questões que temos a intenção de tratar no Encontro Anarquista do Mediterrâneo.

Neste rincão do planeta as questões apresentadas são numerosas e implacáveis. Exatamente por isso somos chamados a estudar os modos de como respondemos ou devemos responder estas questões. O que é seguro é que a base destas respostas só pode ter como parâmetro principal a solidariedade internacional dos que lutam desde baixo. Esta solidariedade deve expressar-se através da criação na prática de pontes de cooperação e solidariedade de caráter internacionalista, demolindo qualquer restrição ou muro levantado pela dominação estatal e capitalista, e o totalitarismo imposto pela predominância do racismo, do nacionalismo e do fundamentalismo religioso.

Três Pontes, Campanha Anarquista de Solidariedade Internacional

Contato: 3gefires@espiv.net ou info@3gefires.org.

Tradução: Agência de Notícias Anarquistas.(com ligeiras alterações)

O texto em grego, inglês, italiano, castelhano.

Ó Europa, se fosses só três sílabas, de plástico que era mais barato! (*)


APÁTRIDA

Quero ser Apátrida!
Quero abolir as pátrias. E os seus belos hinos e bandeirolas. Pútridos de tanto ódio!
Quero apenas ser daqui, dali e de todos os lugares. Sem excepção. Quero não ter lugar algum, mas antes ser de todos e de nenhum lugar em particular.
Estou cansado de continentes, de federações, de uniões, de países. Farto de de fronteiras. De linhas imaginárias que nada imaginam senão dor, fome e guerra.
Quero que se lixem as fronteiras e os passaportes e os cartões de cidadão.
Quero lá saber de eleições nacionais ou europeias. Não desejo nem eleições, nem nação, nem europa. Esta, que é a única que existe e que conta para o caso. Para este caso esdrúxulo, pestilento e mortal.
Não a desejo para ninguém, assim, viscosa de tanto vómito. Esta Europa de tanta ganância. De tanto arame farpado. De tantos ditadores. De tanta miséria. De tão curtas vistas.
Quero um mapa mundi do tamanho do horizonte, sem interrupções que não sejam as geográficas. Das serras e dos rios. Dos mares e oceanos.
E neste mapa sem muros, desejo ser apenas um ponto no território. Entre tantos outros. Entre todos os outros.
Um ponto de fuga.
Um ponto em movimento perpétuo em direção a lugar nenhum.
Apaguem definitivamente o meu código postal.
Quero ser Apátrida!

Paulo Raposo (aqui)

nacionalidades

L. Serra, Évora, por email.

(*) Parafraseando Alexandre O’Neill

(Lisboa) Amanhã, sábado, na BOESG, ‘Conversa sobre os Centros de Detenção de Imigrantes em Itália’


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Em Itália, tal como em vários outros países europeus, existem prisões para pessoas cujo único crime é não terem documentos. Em Itália chamam-se CIE, Centros para Identificação e Expulsão. Neles ficam detidos os migrantes sem autorização de residência, à espera da repatriação.Muitos companheiros têm lutado lado a lado com os detidos, contra estes centros, movidos por uma
crítica ao estado e às fronteiras. Desde 2001 que em Itália esta luta viu evoluir diferentes estratégias para subverter e destruir os CIE.

Conversa/Debate: 18:30, seguida de jantar

aqui: https://www.facebook.com/events/1627635390847350/

(Republica Checa) Solidariedade com os presos da “Operação Fénix”


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“Nenhuma repressão pode parar o nosso desejo de liberdade!”

Com a “Operação Fénix” teve lugar a maior onda repressiva contra anarquistas e o movimento radical de esquerdas na história recente checa.

Detenção de pessoas durante a madrugada, acusações de preparação de actos terroristas e confiscação de um servidor, o qual mantém várias páginas de activistas, tudo isso aconteceu na “Operação Fénix”, que começou na terça-feira, 28 de Abril. A policia anti-extremistas está activamente a tentar assustar os anarquistas e a cena da esquerda anti-autoritária e guardando informações durante a operação.

Este é o nosso apelo ao auxílio da solidariedade internacional. A polícia estabeleceu um embargo informativo durante a operação, ainda que alguns detalhes tenham sido filtrados aos meios de informação.

Hoje ainda há 3 pessoas sob custódia policial. Três outras foram acusadas de planear actos terroristas e outros delitos graves.

As tácticas policiais não terão êxito. Não nos vamos deixar assustar e continuaremos com a nossa acção politica.

Se nos desejas ajudar ficaremos muito agradecidos com qualquer solidariedade política ou económica.

Ver como aqui: http://www.alasbarricadas.org/noticias/node/34448

aqui (blogue de apoio aos presos da operação fénix, em várias línguas) : http://antifenix.noblogs.org/

Élisée Reclus: um projecto de globo terrestre para a Exposição Universal de Paris


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Para a Exposição Universal de 1900 em Paris, o geógrafo libertário Élisée Reclus tinha planificado desde 1890 um grande globo da Terra de 127, metros de diâmetro, topografia e batimetria a escala constante, com bibliotecas e salas de conferências incluídas. O edifício que continha o globo devia medir mais de 200 metros de altura. O visitante podia realizar uma viagem de descoberta à volta do mundo num só instante. O projecto não se realizou por problemas económicos (o globo custava o dobro do que custou a Torre Eiffel).

Qual era o propósito de Reclus? Mostrar às pessoas que a Terra é única e indivisível, que não existem hierarquias nela, que as fronteiras entre os países são artificiais e que as guerras são marginais ante a harmonia do mundo natural, do qual o ser humano forma parte. O grande globo terráqueo devia, desta maneira, contribuir para um projecto de emancipação social.

aqui: https://www.facebook.com/libertarios.peru

(Europa) O 1º mês do Syriza


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Anarquistas ocuparam durante varias horas a sede do Syriza em solidariedade com os presos em greve de fome e exigindo o fim das prisões de alta segurança (aqui)

Há pouco mais de um mês que o Syriza ganhou as eleições e formou governo. Um mês pode ser um período muito longo na crise grega e o entusiasmo e a esperança que a vitória da coligação esquerdista trouxe parece que tiveram lugar num passado já longínquo. As primeiras semanas do novo governo foram uma mistura de acção, inacção, retirada e rendição, à medida que, tanto a Grécia como a Europa, se iam habituando à nova situação

(mais…)

(Alemanha) Violentos protestos em Frankfurt durante inauguração da nova sede do BCE


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Durante a manhã desta quarta-feira houve fortes protestos na cidade alemã de Frankfurt durante a inauguração da nova sede do Banco Central Europeu (BCE), um dos símbolos das políticas capitalistas que estão a pôr em causa os direitos dos trabalhadores no continente europeu.

Segundo informa a policia local através do Twitter, os manifestantes destruíram e queimaram vários veículos policiais. Desde as 6:45 da manhã, hora local, produziram-se violentos confrontos entre a polícia e alguns dos manifestantes, convocados pelo movimento blockupy ( https://twitter.com/blockupy).

A polícia deteve 350 pessoas “sob a suspeita de alteração da paz pública”.

Os agentes usaram canhões de água para dispersar alguns manifestantes. Segundo o Frankfurter Allgemeine, pelo menos um polícia ficou ferido depois de ser atingido por uma pedra.

Os manifestantes construíram várias barricadas a que puseram fogo. O fumo, como se pode ver nas imagens publicadas nas redes sociais, estende-se pelo centro da cidade.

Esperam-se 10 mil manifestantes durante os protestos que vão decorrer todo o dia. A concentração principal será às 14 horas (hora local) em Römerberg, a principal praça da cidade.

adaptado daqui: http://www.librered.net/?p=37829

Campanha de solidariedade anarquista para com o arco Mediterrânico


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Campanha anarquista de solidariedade internacional – As Três Pontes

Há a dominação dos países poderosos, das estruturas supra-estatais, e vigilantes locais. Há os conflitos internos que alimentam um jogo de tensões geopolíticas ma região do Mediterrâneo. Há os nacionalismos que dividem os oprimidos e os conduzem ao massacre. Há a desregulação das sociedades locais tanto através de intervenções militares como do fundamentalismo religioso obscurantista. Há as grades da opressão forjadas pelas leis “antiterroristas”, o controlo policial nas ruas, as prisões, as condições especiais de detenção e os campos de concentração dos migrantes. Há o mundo dos patrões, apoiados no terrorismo nos lugares de trabalho e na desvalorização permanente do trabalho.

Há também um outro mundo paralelo. É o mundo das resistências. É o mundo dos resistentes nas ruas do Sul da Europa. É o mundo do movimento NO TAV, do Norte de Itália e de Chalkidiki ao Norte da Grécia, são expressões insurreccionais da nova corrente radical na Turquia, é a realização da autonomia democrática e de resistência das regiões Curdas e do Norte da Síria. São as lutas operárias autónomas. São os prisioneiros e os combatentes sociais perseguidos. São os revoltados nas prisões e nos campos de concentração. É cada pessoa e acção colectiva que resiste e tenta transformar de várias maneiras a vida nas ruas, nos bairros, no trabalho, na escola na universidade, nos campos.

É o mundo paralelo que pode evitar a imposição da barbárie capitalista e do obscurantismo religioso e nacionalista, nesta encruzilhada que se chama Mediterrâneo. É este mundo paralelo que deve, desde já e de maneira precisa, construir pontes de comunicação, de colaboração, de resistência e de solidariedade.

É por esta razão que as comunidades e iniciativas em diversas cidades da Grécia iniciam uma campanha anarquista de solidariedade internacionalista apelando ÀS TRÊS PONTES:

– Ponte de solidariedade do Sul Europeu

– Ponte de solidariedade do arco do Mediterrâneo Oriental

– Ponte de solidariedade do arco balcânico

 A campanha vai desenrolar-se através de acções coordenadas, comuns ou específicas, das comunidades e das iniciativas que nela participarem, de Fevereiro a Outubro de 2015.

Aqui: http://3gefires.org/el/node/18

Enviado pelo secretariado da IFA: http://i-f-a.org/index.php/es/article-2/648-anarchist-campaign-for-internationalist-solidarity