KCK (Koma Civakên Kurdistán, União de Comunidades do Curdistão) é o nome dado a esta organização social. O nome – e a preparação do seu quadro teórico – foi proposto pelo líder do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), Abdullah Öcalan, na sua cela da prisão da ilha Imrali, na Turquia; apesar disto, tanto Öcalan como o PKK reconhecem, sem qualquer dúvida, os indispensáveis e inestimáveis contributos proporcionados por Murray Bookchin.
Giran Ozcan
A KCK é uma organização “guarda-chuva”, democrática, confederal, livre de Estado, da hierarquia e da exploração, do Curdistão Livre.
No interior da organização social KCK existente nas montanhas do Curdistão o conceito de dinheiro é supérfluo. As necessidades económicas dos habitantes são satisfeitas internamente através da gestão partilhada dos recursos. Não obstante, o dinheiro é utilizado nas relações comerciais com o exterior; internamente o dinheiro é impensável. Ninguém, nem nenhuma comunidade no interior da KCK tem necessidade de gerar reservas de dinheiro ou de recursos. As reservas são distribuídas constantemente e, deste modo, utilizadas. Relativamente às sociedades pré-hierárquicas e pré-exploração a organização KCK acrescenta a cultura do dar mais do que a do trocar.
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