Custódio da Costa (Esgueira, 1904 – Lisboa, início dos anos 80) era o anarquista encarregue de fazer explodir uma bomba no Miradouro da Senhora do Monte, na Graça, em Lisboa, às 3 horas da manhã do dia 18 de Janeiro de 1934, sinal combinado para fazer eclodir o movimento contra a fascização dos sindicatos. Não o fez por decisão do Comité Nacional da CGT, uma vez que no dia anterior um atentado comunista contra a linha férrea na Póva de Santa Iria tinha posto a polícia de sobreaviso. Durante todo o dia são mandados telegramas e outra forma de avisos para vários pontos do país informando que o movimento tinha sido suspenso. No entanto, há levantamentos operários em localidades como Almada, Silves e Marinha Grande.
Custódio da Costa, como largas dezenas de militantes e dirigentes da CGT, é preso e será um dos “fundadores” do Tarrafal onde estará encarcerado durante 16 anos. Padeiro, do Sindicato confederal dos Manipuladores de Pão, estará presente no ressurgir libertário após o 25 de Abril de 1974. Ligado ao grupo que edita “A Batalha”, durante vários anos acompanhará as gerações mais novas nas sedes da Angelina Vidal, D. Carlos I ou Álvares Cabral em Lisboa.