Os estudantes do Ensino Superior saem à rua, exigem que se faça cumprir o seu direito a estudar!
Dia 2 de Abril, estamos unidos, todos à Assembleia!
“não há sinais de que haja um maior abandono [do ensino superior] por motivos económicos”, Nuno Crato 2012
A política seguida pelos sucessivos governos tem segregado por critérios económicos os estudantes do Ensino Superior, sendo que o abandono escolar atinge níveis brutais. Só este ano lectivo mais de 2000 estudantes foram empurrados para fora do ensino (dados recolhidos em apenas 4 universidades) e, para além disso, o número de candidaturas decai para níveis só comparáveis a 2009. E eles continuam a mentir: falam de um programa de apoio – Retomar – que insira novamente estudantes que abandonaram os seus cursos devido às políticas de subfinanciamento que este mesmo Governo veio agravar.
“Estamos agora a viver dentro das nossas possibilidades”, Passos Coelho
Retrocesso é o que nos estão a impôr, retirando-nos o direito à educação, o direito ao emprego, empurrados para a emigração, com o flagelo de rendimentos cada vez mais baixos a pairar sobre nós e as nossas famílias. Será o desemprego e a miséria a nossa possibilidade? Sabemos que vivemos de forma bem diferente e sabemos que não existe inevitabilidade para além da luta e da resistência. Nós queremos salvaguardado o nosso direito a estudar, queremos um Ensino Público e de qualidade para todos, com mais e melhor Acção Social Escolar – cantinas e residências dignas. Chega de propinas, taxas, chega de sermos nós a pagar duas vezes (em impostos e no dia-a-dia) o direito a estudar. Dizem que é preciso reorganizar a rede de Ensino Superior para a adaptar às necessidades! – de quem? Nós sabemos: dos bancos que ficam com o dinheiro dos nossos impostos, das empresas que hoje estão presentes nas instituições. Querem, como têm feito, cortar fundos e fechar escolas, tornando o acesso mais díficil, destruindo o papel que o Ensino Superior tem nas regiões.
ESTUDAR NÃO É UM PRIVILÉGIO, É UM DIREITO E UM CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS!
O apelo que fazemos é que, no dia 24 de Março nas faculdades e no dia 2 de Abril em Lisboa, os estudantes saiam à rua e afirmem que o que é inevitável é que a política do nosso país corresponda às necessidades da juventude. Inevitável é não ficarmos de braços cruzados, inevitável é desmascararmos um Governo e uma política que têm piorado as nossas vidas e que nenhum problema têm resolvido, a não ser enriquecer uma minoria à custa da destruição da Educação e do País. Mais do que nunca, a unidade dos estudantes e do movimento estudantil, demonstrando com ainda mais força que estamos com todos os sectores e camadas que precisam e acreditam que é necessária e possível uma política económica e social diferente para o país.